quarta-feira, 8 de junho de 2011

o poema que daria para infinitas palavras ... - maria andersen

e são tantas as semelhanças....inumeráveis...mas tantas vezes as esquecemos ou gastamo-las envelhecidas pelo tempo ..
Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse é o reino da infância.
Esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, e ao qual, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos chama-se, às vezes, tantas vezes... poesia - meu deslumbre e meu ventre.
Essa espécie de terra mítica e mística que é habitada por seres de tão grande formosura -as crianças, nas quais os anjos tiveram o seu modelo!
A sedução e encanto das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais, com a natureza mater , com essa naturalidade, do seu sem medo — a sua relação com o mundo!, mas não o mundo da utilidade, só com o mundo do prazer, mas não do hedonismo ( não confundamos) falo obviamente de um outro prazer. O prazer da alma antes de outro qualquer prazer…o prazer do puro olhar, o sentir sem mais nada, somente pelo sentir. As crianças, não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas puras criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas que têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, diminui-se e extingue-se nessa putrefacção do olhar poluído de tudo....

então sejamos poetas/ crianças de olhar sempre menino
sempre raiado de encanto...de encanto, de encanto...

Um comentário:

  1. Lui, meu filho faz aniversário...sou filho e já fui criança..nunca tinha visto alguém falar assim da infância.

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