segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

osso

sem cão sem dono
uma dona quis me tratar
como cão eu disse não

mordem em progresso
os  caninos
tá osso porque
carne mesmo
nem de pescoço

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

golinho


fica com quem você quiser
eles são homens tu és mulher

fica com quem você queria
tu és antônio ela é maria

fica com quem te ama
um desarruma outro faz a cama

fica com quem te quer bem
um dia te chamam: meu bem...

fica com quem você ama
cachaça boa é de cana

fica com quem te apetece
e desse dia vê se não esquece

fica com teu vinho
e só...tome um golinho


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

sem horas sem horrores

tudo não passa de um passado
a pasta dos cacos e vidros
contente feito hiena
sorridente em merda plena
cortante na pelancolia
golias sansão e dalila
bignorante to begin
ébrio caconstante
...ponto fuga fuja conto...
puto passa a pasta no furo
fulor de ira presente
sem horas sem horrores:
eis-me aqui ausente

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

contramão

quem gosta de mato
terra
quem anda comigo
erra
quem conta o tempo
era
quem está comendo
fera

domingo, 24 de novembro de 2013

também somos nós


se o homem-aranha
também vou arranhar

se o super-homem
também vou superar

se o batman e o robin
também vou coringar

se o wolverine
também vou ver

se a wonder-woman
também quero uma

se são super-heróis
também somos nós

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

apontando lápis

...quando é quase quando
como quase quem
quando quase como
quem quando quase
comigo ando

...a maré não está para peixe fechar para balanço e canoar

...um rock
é sempre and roll
um toque
é quase um voo

...ela só queria fazer uma poesia
jamais lhe passou pela mente
querer ser poeta
mas poesia
é algo que alguém pode
e deve
e paga
com poema
uma vida

...novos amigos onde começa o velho mundo
velhas saudades do novo mundo e amigos
que lá envelhecem ao sabor dos novos acontecimentos
derivados da herança colonial do velho mundo
onde amigos são amigos
sejam eles novos ou antigos

...fui ver o verão
nas pernas das mulheres
olhar outras coisas
sentir o calor
e depois
olhar as mulheres

...dá-me
um blues
bem triste
abre 
a blusa
dê-me a chupar
e despiste

o rabo entre as pernas
as mãos abanando
água batendo na bunda
quem sabe saio no domingo
e  dormindo acordo 
na segunda longe de você
do porto, bem perto
da falésia com
pensamentos falhos
e antiga idéia
de construir caminhos
com atalhos

...over
onde
houver
over
menos
overy
forever
over
até
acabar

...irei rirei serei direi ouvirei comemorei mesmo que morrerei

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

cinema

uma boca comunica ao ouvido
que se liga ao cérebro que
de coração aberto devolve ao
cérebro a vez de falar com
os olhos aos outros olhos
aquilo que ouvido entendeu
e com boca não quis dizer:
comunga com um 
semelhante
comum é teu semblante

deus
criou o mundo
depois foi 
embora
e todo mundo
acreditou
embora
ele esteja ali
escondido na sombra
do que sobrou
do mundo
tirando um cochilo
eterno

deslindando a feiúra
botando horror
neste make-up

e o poeta
que sózinho fala
disse ao
poeta
 que fala sózinho
uma palavra
desacompanhada
e se desentederam
significativamente bem
os dois
em falas 
e palavras

são chamados de poetas
aqueles homens mortos
que fizeram poemas
por sobre
caminhos tortos

são chamados de proletas
aqueles homens fortes
que fizeram problemas
depois dos tijolos
por tijolos
onde construíram
os fortes

e fracos ou fortes
são condenados a varrer praias
enxugar blocos de gelo
a ver com olhos
lamber com a testa
procurar pêlo em ovo

mesmo assim
o homem foge pelo ralo
quando o incêndio toma conta
da mata do mato
e do mito

um deus um céu um sol
o nome hélio
fênix brasa cinza
chama labareda fumaça
queimadura de terceiro grau
hidrogênio oxigênio
vento faísca combustão

só os vivos sentem dor
e tem esperanças

apesar do sofrimento
viver é melhor do que imaginar

a ficção
 o cinema
 o romance
é tudo divino maravilhoso

mas não se troca a realidade
por nada
mesmo quando parece
que nada acontece

vai ver, é teu filme!


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

paciência

a paciência me devora
mas juro
que não demora

e como poeta
é uma cobra
comendo o próprio rabo
falando
consigo
mesmo
e conseguindo
mesmo assim
cobrar-se
um papo íntimo

e como peixe
nada
nada 
como salgar
a vida
pegar a sereia
pelo rabo
preparar a ceia
e lambuzar o nabo
em suas tetas

e como ave
canta
voar
na melodia
que espanta
bater as asas
até o cair
das penas

e quero
crer no desenlace
natural da harmonia
e na porta de saída
a mesma por onde se entra

quero crer na chave
na fechadura e nas mãos
as mesmas da força do murro
do dedo em riste e do afago

quero crer no vento
indo vindo lindo em fúria
ou calmo em brisa e alívio
o mesmo que foi o álibi
para uma nova sensação


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

tento

como se não bastasse
o bastante
ainda quero o basta

como se não estivesse
distante
ainda quero mais disso

como se não fosse
tanto
ainda quero o tento

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ser imaginário

fiz da minha tua vida
anjos calados voam por aqui
são meus seres metafísicos prediletos
dizem que eles protegem seus preferidos
e ferem até não poder mais
o espírito dos incautos e inadvertidos

aos sábados sua diversão
é espiar as dores e alegrias dos homens
...nunca voltam para casa
(lembre: eles possuem asas)
pois lhes foi dada a missão
impossível de zelar por nós

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

figas

não se pode agradar
a gregos e troianos
é o que dizem negros e bahianos

não se pode mais
guerrear em paz

não se pode nunca
esquentar a culpa

não se pode mesmo
engasgar com torresmo

façam assim
faço outrossim

façam talvez
faço outra vez

façam no quando
o onde no entanto

façam quicá
o chão faz pisar

façam fé
a perna faz o pé

façam silêncio
o suor faz o lenço

façam facas
a fome faz o faquir

façam jamais
o menos faz mais

façam figas
o umbigo faz a barriga

e pó de mármore
não dá em árvore

terça-feira, 3 de setembro de 2013

fudeu

ele queria tanto
ser sincero
mas disse:
não quero!

ele queria tanto
ser honesto
mas disse:
não presto!

ele queria tanto
ser ele
mas disse:
quem sabe?

ele queria tanto
ser eu
mas disse:
fudeu!

chá

ela faz chá
e também dá um chá de cadeira

mesmo que essas cadeiras sejam lindas
o chá não acalma

e eu não deito açúcar
na tua alma

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

cria

vem, me cria de novo
me faz do pássaro
o ovo

queria de novo, vem
faz-me do paraíso
o além

o próximo

não incomode os mortos
segue sua dieta

deixe os vermes
que os comem
em paz

não mate os vivos
segue sua vida
inquieta

deixe o próximo
e os demais

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

onde


longe da asa
azar do onde
a ave canta
espanta homens
presos na gaiola
a ver os pássaros
voando embora

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

segredo

o segredo
é meu teu de todo mundo
o medo
é seu eu e o mundo
o mundo é segredo
de todo mundo
eu sou teu
meu é o teu medo
seu eu é teu
é segredo
e é de todo mundo
teu eu sou seu
embora isso de medo
é segredo
meu teu

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

bardos poetas 5


no fuso do meu planeta 
o para-ráio comete pecados
absorvendo sinapses alucinadas
olhos, só olhos aqui neste branco das horas e do papel
soterrando nervos e aves

o gosto pelos objetos
canetas lápis parafusos teclados
substantivando a eletricidade
dos dias e noites sem lirismo
verde minério golfando nas bocas com papoulas rubras
macramê de palavras que aponto nos livros
espelhos labirintos narcisos minotauros
raivosos por adjetivos

rosados ventos com caminhos ao contrário
orlas onde a escultura não é bússola
e os gritos são espasmos de poemas
seres inanimados desenhos animados
super-heróis desmistificados
objetos com sua própria metafísica
finisterra onde o galo é torre na catedral
e o ouro é sol a peregrinar

ao olhar para si
imagina-te no espelho do outro
andarilho dos dias a procurar medida e absinto
no fogo que faz com paus pedras raios corpos isqueiros e desejos
azul lagarto onde a preguiça se deita
 com mãe lenta a gemer ternura

criptonitas teresas anitas fátimas milagres e prazeres
cruzes nas cores com meu deus e o meu demônio
com luzes de olhos a contorcer-se
e mesmo assim
passar pelas tardes que tarde passam
musgo dos anos a dar antiguidade à rua
com línguas e fuligem

passatempo não é poema
poemas passam pelos tempos
mas não fazem o tempo andar
balouço como a cigarra nas hastes do verão
nas hostes das horas
fito os ritos os mitos as mentiras e os gritos...
minerva, esta fome sem liquidez

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

zen essa

haraquiri
me tira daqui

haicai
me dá um tombo

liberdade
me leva para o jalapão

procura-se

não reza
nem pede arrego
se arrebenta
sonega benção
mas não nega
meu nêgo
a oferecer o assento
ou o descontentamento
caso seja o caso
caso seja o intento

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

uma antiga canção

pegue na minha mão
reggae no meu corpo
uma antiga canção
esparrame lama
lágrimas e criações

crianças que dançam
no chão e no céu
e voam com asas
parecidas com papel

...crianças
que dançam
que voam
parecidas com papel...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

não se fala mais...

não se apagam as pegadas do leopardo no próprio corpo
não se corrige o incorrigível voo das borboletas
não se vai ao futuro a não ser quando se diz dele que é o antigo futuro
não se faz um omelete sem a galinha
e não devemos nunca nunca mesmo dizer:
...e não se fala mais neste assunto!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

os bichos

olho para os bichos
e viro um
viro dois
caso ele tenha
duas cabeças
sei de mim quando só
não sei nada quando são
os bichos que me olham
e me vêem 
com duas cabeças

quinta-feira, 25 de julho de 2013

salivação

cospe aqui tua saliva
que cura as feridas
ainda há tempo de matar o cão
com uma só mordida
com uma só determinação
com todos os dentes
à mostra
muita raiva e salivação

terça-feira, 23 de julho de 2013

não cabe ao homem

prosa de um ano inteiro
por mais que intente
não cabe ao homem
fazer rosas ou janeiros

poemas de uma vida toda
por mais que invente
não cabe ao homem
fazer mares ou andrômedas

palavras da boca ou da mão
por mais que as tente
não cabe ao homem
fazer do ouvido o coração

leituras de olhos e visão
por mais que atente
não cabe ao homem
fazer menos do que são

segunda-feira, 22 de julho de 2013

uma mulher

uma mulher
que se respeita
merece todo o seu peito
para deitar pensamentos
e sossegados sentimentos

uma mulher
que se aperta
merece ser esperta
na medida certa
onde se aponta a seta

uma mulher
que se esvai
merece que se vá indo
de segunda a domingo
acordada ou dormindo

uma mulher
que tanto fala
seca tua boca entope teu ouvido
acaba sempre quebrando vidros
e moendo-os no teu colírio

quinta-feira, 18 de julho de 2013

os mesmos

aqueles homens foram para a guerra
americanos e voltaram japoneses
ingleses foram viciar de ópio
chineses e voltaram mandarins
alemães que foram conquistar
o mundo e voltaram gregos
holandeses que foram dividir
a áfrica e voltaram aparthados
há o caso dos que foram para curar
cristãos e voltaram macumbeiros
também existem os que foram ensinar
português e voltaram tupy-guaranis
franceses que foram roubar
territórios e voltaram tamoyos
espanhóis à procura de ouro
dos outros e voltaram aztecas
israelenses que foram humilhar
gaza e voltaram para casa homens-bombas
...
entre todos estes
o caso mais interessante
é o dos que não saíram
do lugar
mas também
nunca mais foram
os mesmos

quarta-feira, 17 de julho de 2013

bardos poetas 4


secreta sombra
onde palpita e decreta
minha cabeça minha sentença
tudo é isto: 
meu - teu
no tudo, pare!
no pare, mudo
e ludens...continue...
sinais - onde a fome mata o delírio
onde o delírio é desmundo
onde a alma é a única arquitetura
amarelo fundo no fundo
números que nos doem
água que não germina
rua desavinda
penso num verso
e escrevo outro: desconverso
seco o gerânio
a pedra que é rã
que é voz e mudez
língua que é silêncio
a vida vinha de mansinho
ao encontro da vinha
e veio com as veias
e a verve de um zen
o vinho todo embriaguês
o fogo todo sexo
a janela toda mundo - a porta túnel
o meu caminho é tubo - é mar - é ar - é universo
sortes lançadas à vida
esplanada vazia
muitos nobeis dentro
os olhos além do que vêem
aqui tudo é ouro
semana passada nos livros
livrando a semana dos passos...
casúlo, o útero onde me encerro
se não ouve o canto das sereias
não sabe o que houve com as baleias
antigas as palavras
curtidas estradas
vãos das escadas e da vida
todos em progressos
semblante firme
perfilado egípcio
músculos gregos
alturas pigméias
na surdina os insetos
invadem tua morada
e conversam a voz do silêncio
que conservam,
 rasgo o calendário
os livros são meus dias
minhas horas
primeiras origens
amor conhecido e desconhecido
malha contínua a que nos ligamos
dados na estatística
números na  mesa
e a alegria é a prova do "love"
vestindo os dedos de tinta
com tantas moradas dentro
tantos números de portas encerradas
tantos sonhos dessonhados
quando gira
sol dentro do quadro
e
dos olhos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

mais ou amenas

onde 
estamos?
nos panos!
onde estaremos?
nos ermos!
-
se apetece
não esquece
se há peste
pertence
à ordem
dos
hospedeiros
-
substantivo
substantiva
verbo
verba
e artigo
urtiga
-
menos,
mais
ou
amenas
-
que 
medo
que
meda
que
medra!
-
não mudo
mudo não falo
falo mesmo mudo
-
se a tinta te irrita não pinta
-
se a luta agiganta, aguenta
-
e o problema
somos nós
nós neles
-
se os inimigos
são amigos
ambíguos
-
o umbigo
do mundo
imundo
-
o plano
é ser humano
-
o inumano
precisa do plano
-
se tudo estivesse
quem estaria aqui
e as olharia?
-
se tudo fosse paz
o que seria dos guerreiros?
-
quem sente que os poetas são necessários se eles mentem?
-
quem haverá de haver quando tudo terá havido?
-
para que tanta dor por favor?
-
cantam desde pequenas mesmo já grandes as baleias?
-
o que não fazemos?
os cílios!
o que fazemos?
os filhos!
-
diziam os muito
antigos
uma língua
de olhos contíguos
-
não me diga nunca
que a sinuca
é a bola
que não assunta

quarta-feira, 10 de julho de 2013

desacordado

acorda maria
não enforca o teu amor
a corda maria
dá um nó bem dado
não remendado
remember
um lance de dados
desacordado

terça-feira, 2 de julho de 2013

perifa

vem de são paulo
uma saudade
vem do rio
um fio de janeiro
vem do brasil
de corpo inteiro
uma amazonas
de flecha e cheiro
vem do ser
tão baião
vem da bahia essa cor
vem de minas
essas meninas
dos meus olhos
que choram secam
e brilham
vem do samba
o meu blue rock
vem da perifa
meus primos primas
irmãos filhos sobrinhas e tias
vem do fundo
do meu coração
 aorta do mundo
na europa onde estou
distante de si
américa 
do meu sul

segunda-feira, 1 de julho de 2013

têmpora

no tempo do relógio
um segundo vai seguindo
um minuto vai diminuindo
uma hora vai agora
um dia um ano embora
uma vida que vai que vai
envelhecer nos traços
bater no pulso
ganhar impulso
saber-se senhora dos espaços
refém do tempo
da temperatura do coração
e têmpora

domingo, 30 de junho de 2013

a príapo - herberto helder

Salvé, ó santo Príapo, pai geral, salvé!
Dá-me uma juventude viva,
faz com que eu agrade aos rapazes e às belas raparigas,
que o meu encanto seja irresistível:
que festas e jogos ininterruptos afastem de mim os cuidados,
e me poupe o medo da juventude lenta,
da morte longa, a morte
que leva às regiões fatais do Averno,
lá onde o rei guarda as almas dos mortos como fantasmas vagos,
funesto reino de que não se regressa nunca.
Salvé, Príapo, santo, pai, salvé!
Vinde em bandos, todas, raparigas
que venerais os bosques sagrados, as águas limpas;
vinde, todas vós, e docemente dizei ao glorioso Príapo:
Salvé, ó santo Príapo, pai de todas as coisas, salvé!
E ele, afastando as gentes cruéis e sanguinárias,
deixa-vos atravessar as florestas no silêncio das sombras calmas.
Ele, o deus, afugenta das fontes os impuros que se metem pelos
ribeiros dentro, que lavam as mãos, que turvam as águas,
que não chamam as raparigas divinas.
Dizei: que Príapo nos seja propício!
Salvé, ó santo, ó pai de tudo, salvé!
Com teu poder, salvé, Príapo!
Salvé!
Tu que és nomeado o Gerador e o Autor do mundo,
Pã confundido com a Natureza e o Universo inteiro.
Tudo se concebeu pela tua força, tudo quanto vive no mar, no céu,
na terra.
Príapo, salvé, ó santo, ó pai, salvé!
O próprio Júpiter depõe os raios terríveis e, inspirado pelo desejo, 
abandona o trono claro.
A ti se dobram Vênus, a bela e o ardente Cupido, e a Graça com
as irmãs gêmeas, e Baco, o deus que traz o júbilo.
Sem ti, não vencem as armas de Vênus,
e as Graças não são graciosas, e Cupido e Baco não nos enredam
em seu encanto.
Com teu vigor sagrado, Príapo, salvé, salvé!
Invocam-te as tímidas raparigas para que lhes desfaças os cordões
das vestes há tanto tempo cingidas.
Invocam-te as mulheres para que os seus homens tenham o nervo
sempre potente e rígido.
Salvé, ó santo, ó pai, ó Príapo!
Salvé!


...do livro AS MAGIAS 


terça-feira, 25 de junho de 2013

lugar

um lugar no mundo
o lugar
do mundo do lugar
um mundo
no lugar do mundo
muda de lugar
mundo não vou a lugar nenhum
o meu voo
é o lugar