sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

chuva

quando ela cai no telhado
assim admiro o som da chuva
para ver
prefiro nas poças
que ela faz com os relevos
tenho receio quando vem com raios e trovões
mas encaro numa boa
quando ela é garoa
daquelas que davam em são paulo à toa
tem o chuvisco e tem o orvalho
que considero apenas
um gameta de chuva
respeito as gaivotas
que a anunciam quando ainda está seco
tem aquela que te dá na cara
é uma chuva rara
basta estar sem guarda chuva
tem aquela de granizo
tem chuva de facas
tem chuva de tiros
neste momento me retiro
ela também é tempestade
vendaval e furacão
essas chuvas matam até o cão
tem também os alagados
que embora o poema é para a água que cai
nunca vou me esquecer
desse lado
da chuva

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

disputa

disputa de cabeças rolando
disputa de cuspe à distância
disputa de bolsas de valores
disputa de punheta entre amigos
disputa de dor mais aguda
disputa de grito mais alto
disputa de arma mais letal
disputa de nacionalidades
disputa de peido mais fedido

desculpa obrigado muito obrigado de nada