Algo de enorme nasce a cada instante
segue por aí - abrindo-te aos cumes mais ardentes
assim sobes ao sublime silêncio
a pensar o sentido íntimo das coisas dos gestos da vida
o único sentido
? sem isso de que nos serve o sucessivo quadro das imagens externas
ah
por vezes somos uma sombra adormecida chamada gente
& nem percebemos que o mundo segue
sem mim sem ti
mas não sem nós –
primeiro é o olhar
depois a surpresa – a vida
depois o mistério insondável onde existimos
assim suspiramos sabendo apenas a insuspeitável dimensão sem calculo
podia dizer-te tantas coisas
ir ao fundo de ti e não voltar
agora estou a florir na substância do dia
& deito-me com todos os sentimentos à porta das emoções
& todas as sensações me pagam a ébria bebida de te querer mais do que posso
troco olhares com todos os teus e os meus modos de agir
& estou de mãos dadas com todos os impulsos
para ir à febre as horas
ah fome insaciável de ser
orgia intelectual de sentir a vida o talento a virtude
o corpo ( o meu e o teu) a ferro e fogo
diálogo contínuo dos meus olhos nos teus
sim
o silêncio diz tanto
& o grito vem de tão longe
podia dizer-te mais
queria dizer-te mais
mas tudo o mais que te dissesse não te diria
o tanto que te quero dizer
a vida dói quanto mais dentro se vive
& o tempo é tão precário
sim podia dizer-te mais
mas tudo o mais que te diga - não diz tudo
a vida é em nós
esta única sensação de ser
domingo, 4 de setembro de 2011
mistério insondável - maria andersen
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Agradecer-te Dimi!É o que me resta dizer-te! Levar-te, ser-te!
ResponderExcluirum poema teu no blog é uma aula poética.
ResponderExcluir