Desafio maior é ter a vida entre os dedos e querer agarrá-la   como se  para isso  bastasse  o lado esquerdo 
Não basta  há que sê-lo nas  cordas mais  tensas do corpo insuportável
Eu vou  não sei se por   aí
& se te levo não sei  só sei que o sol arde nas folhas
como  as Putas ardem nas esquinas por dentro do coração gasto por nada e por  tudo
é essa a leve têmpera   do grito     do vento     da água
na  língua à mingua de  tudo e de nada 
 

 
 
Excelente!
ResponderExcluirA literatura é a vida vivendo do que ela mesmo é.
ResponderExcluirAh se o tempo soubesse que eu existo…Não sabe!
Mas quem sabe, “num futuro a que eu já não pertença” estas palavras que digo escritas em alma, durem. E que aí haja gente, “ que enfim me compreenda “ para então “ nascer e ser amada” não pelo que digo, mas pelo que digo lá por dentro das palavras porque é o que sou na vida. “ Mas longe de eu aí (nesse tempo) nascer, eu terei já morrido há muito tempo, serei compreendida só como efígie, quando a afeição já não compense a quem morreu da desafeição que teve, quando vive”
A palavra é esta torrente compulsiva que encandeia a pele, é este mineral alento do desejo que flui como o tempo que nos olhos fica pendente como um delírio de um outro tempo que vai até à origem , de que eu e tu e ele , somos agora o vastíssimo mundo.
Nota* Todas as citações entre aspas são de Fernando Pessoa! Que faço minha voz também.
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