terça-feira, 22 de maio de 2012

carbono 14

a chuva dói
o sol sói
caem em prantos nuvens cinzas carregadas
espera acima delas o aquecedor deste mundo
e sabem lá embaixo os humanos nas encostas
na periferia das  coisas desumanas
o alto preço da cobiça e da usura

como ela chuva é pura
e desnuda e desvendadora
do cruel sol que há de vir e secar
notas por notas o vil metal
e o tutano cerebral
tornando tudo a ficar
inumano vazio de vida de sangue
e de água
apenas pedras e diamantes e carbono 14
para futuras
leituras minerais

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