sou em mim própria um exílio em que o tempo se escreve
é este o esplêndido buraco da paisagem em que não estou
vou por aí anónima a somar êxtases na orla dos verbos
o espelho é por dentro outra coisa
uma casa coberta de vento
um tecto que não abre nem dá sóis
é esta a impaciência dos olhos
da boca à flor da voz
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