quinta-feira, 4 de junho de 2015

ouro e mater de um povo

ainda não rebelamos as velhas
mantem-se o patriarcado
querendo segurar um ser feliz
 
as amigas das formigas são amigas
e haverá salsinha para tod@s
 
com amor
nem exércitos podem com ela
"quando a alma não é pequena"
as pequenas dizem
que nem doer dói mais
 
palavra de mulher
que homem escuta
mas não acha
 
essa que é a maria do que ainda vai ser
porque homem que quer
uma mulher...que seja diferente...
 
mãezinha de nossas mães
adelante sandina
quem nasceu primeiro:
a boneca ou a menina?
 
aqui não havia prostituição
o espelho não mente: assim estou!
beatrizes são papéis que ardem no fogo
entre a cruz, a espada e as letras do silêncio
 
quando morrer é lindo
além da imaginação de hollywood
as bocas delas não dizem
o que olhares falam
 
quando a cabeleira do vento
sacode a terra fecunda
jacinta das ancas
de ouro e mater de um povo
 
onde mora no brasil a negra
que inventou a escola
de samba antes do samba
 
hasta la victoria siempre
mesmo com o triângulo desfeito e as tias chatas
femen...quem ama não mata
quem dança com a xana
blues da voz do soul
ela não desatina freak out
 
mães menininhas
 pomba-gira do camarão ensopadinho
com chuchú
strip-tease de uma luva
ritual norma jean
pssiu-papai!
 
a violeta não pára
nem a violência
olê mulher rendeira
é preciso convidar os diabinhos
 
quando o mundo será assim?
a realidade inventando a mulher nua , a fechadura
e o olho do menino... era uma vez
 
outra vez sem ela não há graça
águas impuras naquele templo
 
palavras guardam magdas
a prova são elas
com bolsas cheias de sábios projetos
e lendas na entrada

Nenhum comentário:

Postar um comentário