Foram exatos três minutos até que ele abrisse a porta.
Ela entrou, beijaram-se e trocaram um longo olhar.
No silêncio, os cheiros de um de outro se misturavam no ar.
Ele, toma-a pela mão, beija-a e pergunta: posso ver sua calcinha?
Sem tirar os olhos dele, ela diz: posso mostrar-lhe.
Vestia uma saia longa, uma regata que deixava à mostra os seios
e nos pés, uma sandália vermelha.
Lentamente foi subindo a saia enquanto os olhos dele brilhavam,
ao chegar nos quadris ela sorriu, um meio sorriso.
Não usava calcinha, seus pêlos eram longos e pretos contornando uma vulva miúda.
Ela: porque você não checa?
Ele animou-se mas ela lhe pergunta:
Suas mãos estão limpas?
Ele disse que iria lavá-las - o banheiro ficava no final do corredor -
você ainda estará aqui, quando eu voltar?
Ela novamente com um meio sorriso, respondeu: não sei.
Caiu a tarde, ela despertou e encontrou-o sentado na cama ao seu lado.
Nas mãos dele, um livro do Charles Bukowisky: Mulheres!
Com sua voz rouca e mansa, diz: preciso ficar sozinho.
Ela veste-se lentamente e sem olhar para ele diz: você está me devendo.
Ele: devendo eu?
Ela sim.
Ele o quê?
Alguns orgasmos, ela diz, e sai.
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