há todos os dias enxames de palavras à margem
metáforas que respiram sobre a erva
e confidências ternas sobre o mês de Outubro
tudo regressa à raiz para ser seiva
assim exploro-me aspiro-me acompanho-me
assim pugno por nascer em cada fonte um grito
em cada tempo haja um ouvido que ouça mais dentro
em cada canto nasça um poeta que seja maldito mas profeta
em cada poema meu aconteça uma bebedeira profunda que vos tome na sua evidência
em cada olhar que um fogo arda indizível
que um cume se inquiete nos gestos sobre os grandes lábios da liberdade
que um caminho se abra em brutal emanação
e se vertam tempos em páginas de livros
no cio aberto nos nervos da manhã como idioma invicto
Nenhum comentário:
Postar um comentário