terça-feira, 19 de abril de 2011

mística fonte - Maria Andersen

que saberei eu meu amor desse tempo ?
se te digo uma palavra é suicídio
se afasto as cortinas do dia
é porque te desejo inteiro no poema –
...ave migratória das minhas mãos
& os olhos
no voo do silêncio onde se rasga o tempo
às vezes o coração é um exílio onde o corpo resiste
onde se alastra a mística fonte
até o orvalho da manhã
a sul as vozes são mais densas
é preciso a distância
para que as bocas se estreitem contra o vento
até onde se gera o poema

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