quando ela cai no telhado
assim admiro o som da chuva
para ver
prefiro nas poças
que ela faz com os relevos
tenho receio quando vem com raios e trovões
mas encaro numa boa
quando ela é garoa
daquelas que davam em são paulo à toa
tem o chuvisco e tem o orvalho
que considero apenas
um gameta de chuva
respeito as gaivotas
que a anunciam quando ainda está seco
tem aquela que te dá na cara
é uma chuva rara
basta estar sem guarda chuva
tem aquela de granizo
tem chuva de facas
tem chuva de tiros
neste momento me retiro
ela também é tempestade
vendaval e furacão
essas chuvas matam até o cão
tem também os alagados
que embora o poema é para a água que cai
nunca vou me esquecer
desse lado
da chuva