“ um epitáfio é sempre uma flor ”
e os dedos uma esferográfica espetada no coração
onde cresce o poema
assim me habituei às manhãs sem idade
às ruivas solidões de tantas dias
à boca a procurar o norte numa viagem que nunca termina
e onde nenhum olhar de tinta iridescente pressagia
o destino deste corpo
em nós atravessa-nos sempre o mesmo deserto
esse nômade bater do peito
- assim que o amor não me cegue nem me siga
porque o amor quando nos vê
só nos vê de partida
e os dedos uma esferográfica espetada no coração
onde cresce o poema
assim me habituei às manhãs sem idade
às ruivas solidões de tantas dias
à boca a procurar o norte numa viagem que nunca termina
e onde nenhum olhar de tinta iridescente pressagia
o destino deste corpo
em nós atravessa-nos sempre o mesmo deserto
esse nômade bater do peito
- assim que o amor não me cegue nem me siga
porque o amor quando nos vê
só nos vê de partida